terça-feira, 31 de março de 2009

Sonhei com a minha antiga escola, que por coincidência, também foi a escola dela, anos antes.
Entrei lá, procurei por ela e a encontrei numa das últimas salas do corredor inferior; estava maquiada e com roupa de festa. Então, eu disse:
- Voltei no tempo, vim do futuro só pra te avisar... você acredita em mim, não acredita?
Ela fez que sim, então eu continuei:
- Tinha certeza de que acreditaria, só por isso voltei. Em que ano estamos?
- 2008.
Mas, na minha cabeça, era 2007.
- Eu voltei pra te dizer pra operar logo; tira esse cisto, o ovário, o útero, tudo. Até o médico já disse que essas coisas só servem pra ter filho e pra ter câncer. Se você não tirar logo, vai morrer...
Ela me deu um abração, daqueles que só ela sabia dar, agradeceu e disse que iria ao médico no dia seguinte, mesmo.

Acordei num pulo e dei de cara com a luz do corredor acesa, me lembrando que tudo está estranho: as mudanças que fiz em casa; Jully que não aceita Catharina; minhas crises de labirintite e lombalgia; lâmpada do abajur queimada e que nunca lembro de comprar; e esse céu tão insuportavelmente azul, que não combina em nada com a saudade que sinto do meu pai e dela.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Às vezes, chego a pensar que Deus não existe. Ou então, se existe mesmo, essa coisa de morte não tem nada a ver com Ele.

sábado, 21 de março de 2009

domingo, 15 de março de 2009

Maggie se foi.

Minha amiga virou uma estrela.
Brilho, ela já tinha...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Talvez porque eu não consiga encarar a morte com naturalidade, sempre perco mais de uma pessoa muito amada, uma atrás da outra.
Foi assim quando minha mãe morreu; meses depois, foi o Alê.

Há dois meses, perdi meu pai; e agora, Magali tá indo embora.
Vai deixar o brilho, o sorriso, as risadas, a saudade.
E um baita vazio.


terça-feira, 10 de março de 2009

Eu posso não entender nada de futebol, mas todo esse alarde porque o Fenômeno fez um golzinho no Parmera? E apenas conseguir empatar o jogo?
Devia ter feito pelo menos uns três, né não?

O pior foi ouvir o Faustão encher a bola do Fenômeno, depois do jogo.
Que ele é fantástico, que depois do Pelé só ele, etc etc.
Me poupe.

Filhinhooooo: pelos milhões que ele ganha, não fez mais nada do que a obrigação. E ainda deixou (e muito) a desejar.

Meu pai (que era corinthiano) deve estar xingando à beça, de lá de cima.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Sou só eu que acho ou realmente, Grey's Anatomy tá intragável?

quinta-feira, 5 de março de 2009

Calor do kct

Batrón disse: "Amanhã vem um cara ver o ar condicionado. "
Vieram dois.
Realmente, viram. E foram embora. ¬¬
Fico extremamente irritada com gente que liga e que fica totalmente perdida quando você diz que o fulano está em outra ligação ou não está na sala. Como assim aquele robô não está aí quando eu, o centro do universo, preciso falar?
Pra piorar, a criatura não consegue se decidir se deixa recado ou não.

Mas, tem algo que me irrita mais. A pergunta: e ele vai demorar pra desligar?
Caraaaaaaaaaaaaaaaalho!!! E eu é que sei? E eu lá sei com quem e sobre o quê ele tá falando?
Tenho mais o que fazer do que ouvir conversa alheia.
E mesmo você dizendo que a criatura está ao telefone ou não está na sala, ainda tem que ouvir: mas eu PRECISO falar com ele AGORA.
Respondo, com a minha peculiar paciência (e simpatia): AGORA você não vai falar, porque não sei se prestou atenção, mas ele tá ocupado.

Inferno.

O povo tem uma pressa, tem uma urgência, pra chegar em lugar nenhum.
Fazem o quê com o tempo que (acham) que economizam? Nada.

Não leem um livro, não assistem um filme, não usam esse tempo nem pra fazer um curso de "como ser objetivo no telefone".
Gente cretina.


E pra terminar, farei côro (ainda tem acento esta porra?) com minha amiga: peguei raiva desse povo que diz que adooooooooooora calor. Então, queimem, infelizes!


Ai, tou amarga, hoje.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Para Maggie

Foi em meados de 91.
Já nos conhecíamos de vista, tínhamos uma amiga (que depois descobrimos que não era amiga) em comum. E uma vez, nos encontramos na casa dela e começamos a conversar sobre música.
Fui trabalhar na mesma empresa que ela, não no mesmo prédio, mas vira e mexe, nos víamos nos corredores.
Então, um dia, eu estava na fila do refeitório e ela passou. Parou para cumprimentar e disse:
- Vê se me ajuda com uma coisa: eu ouço direto uma música no rádio, mas não sei quem canta e toda vez que toca, ou o cara já falou o nome ou simplesmente, não fala. Como você conhece muita coisa, imagino que deve saber...
- Canta aí.
E ela cantou:
- There goes my old girlfriend
Well there's another diamond ring
And all those late night promises
I guess they don't mean a thing
E agora, o refrão:
Tell me what it takes to let you go
Tell me how the pain's supposed to go
Tell me how it is that you can sleep in the night
Without thinking you lost everything that was good
In your life to the toss of the dice
Tell me what it takes to let you go

Aí, eu respondi:
- Ah, é What It Takes, quem canta é o Aerosmith e o álbum é o Pump.
Ela ficou parada, de queixo caído. Me abraçou e agradeceu.
Depois, fiquei sabendo que nesse momento, ela pensou: cara, preciso ser amiga da Carla.
Alguns meses depois, prestei vestibular pra Tradutor/Intérprete e adivinhe quem também prestou? Ambas passaram e caímos na mesma sala.
De lá pra cá, nos tornamos grandes amigas.
Já rimos juntas, desistimos da faculdade juntas, já arrumamos briga na rua, já choramos juntas.

E hoje, nesse exato momento, ela deve estar entrando na sala de cirurgia.
Eu não pude vê-la, mas consegui falar pelo telefone.
Meu pensamento está contigo, Maggie.
Gostaria de estar aí, segurando sua mão. Como não posso, mentalizo. Estou confiante de que tudo dará certo, aliás já deu.

E melhore logo, Catarina te espera pra ser batizada. :o)

terça-feira, 3 de março de 2009

Vim trabalhar mais tarde, hoje.
Tive um mal estar, minha pressão caiu, deu tontura, náusea e botei os bofes pra fora. E pra completar, ainda tou menstruada.
Como se não bastasse o calor "normal", aqui dentro da sala ainda consegue ser mais quente; sem janela e o que é pior: sem ar condicionado.

E enquanto eu fico aqui, mordendo a mesa de raiva e de calor, Steve Hogarth (Marillion) berra nas caixinhas de som:


...At times like these
Any fool can see
Any fool can see
Your love inside me...


Hoje, beibe, com esse calor filho da puta, non tem amor nenhum dentro de mim.
Nem procê, Steve, que é tudo de bom e mais um pouco.
Não mesmo.

Tem a dança da chuva.
Será que tem a dança do frio, pelamordedeos?

segunda-feira, 2 de março de 2009

50 graus nessa porra dessa sala do caráleo.

Inferno.

Inferno


Até quando vai essa merda de calor?