quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Você percebe que sua vida está monótona, quando uma caixinha vazia de chiclete é descartada facilmente, quando as flores do vaso vão para o lixo e nenhuma delas é guardada por ter feito parte de um momento especial.
Algumas pessoas têm uma caixa ou pasta, onde guardam qualquer coisinha que lembre um momento, um certo alguém ou até uma época.
Tenho uma caixa dessa. Com a rosa da formatura, ressecada pelos anos; a rosa que eu segurava quando dancei a valsa com Vladi. Com um cartão do Ziggy, que dizia que ele, o Alê estava com saudades de mim. Com um caderno onde o Elcio escreveu a letra de Andrea Doria, porque nossa estória era um pouco assim. Com desenhos e frases num guardanapo, feitos em outra época, por um outro amor, menos importante que os três anteriores, mas ainda assim, um amor.
A caixa está escondida, no fundo do armário. Um ato inconsciente, talvez de alguém que não queira mais saber de lembranças. Ou de alguém que não quer mais pensar nessas coisas de amor.
Talvez eu mude a caixa de lugar e a deixe visível, para voltar a ser usada, novamente.
Mas, ainda preciso pensar direito sobre isso.

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