Já vai pra 60 dias que papys está internado.
Providenciamos tudo para que ele tivesse mais conforto e para retardar o aparecimento das doloridas escaras.
Compramos Salvapés e a bóia gel (que não é nada barata). Mesmo assim, as feridas apareceram.
As enfermeiras tiraram a bóia pra trocar a cama e mudar papys de posição. Um casal dividiu o quarto, de domingo retrasado até quinta-feira dia 11/12. Ele, com 70 anos, ela com pouco mais de 40. Ele teve (ou tem) câncer no reto e usava aquela bolsa de colonoscopia. Foi internado para fazer a cirurgia de reversão, ou seja, tirar a tal bolsa. Os dois, empresários em Guarulhos, donos de uma metalúrgica, ela disse. Disse também que, da primeira vez que ele ficou internado, quando fez a cirurgia para tirar o câncer, apareceram as tais feridas. Comentei que papys estava com uma e já estava formando outra, mesmo com o uso da bóia.
Na quinta-feira, dia em que o casal deixou o hospital, não vi a bóia em cima do armário. As enfermeiras devem ter colocado embaixo do lençol, pensei. Mas, fiquei cismada e à noite, em casa, alertei Tatys para verificar se papys estava com a bóia. Não estava.
Falou com as enfermeiras que verificaram com a lavanderia... de repente, foi no meio da roupa. Não foi.
Disseram que o hospital se responsabilizará e dará outra bóia. Duvido.
Desconfio que tenha sido a mulher do paciente que pegou; ela me pareceu meio inconformada de não passarmos a noite no hospital. Em certo momento, notei até um tom de reprovação na sua voz. Talvez tenha feito isso para nos punir, de alguma maneira.
Mas, na verdade, o que fez foi prejudicar papys, que tá só pele e osso e com uma ferida horrenda.
Vou comprar outra, o dinheiro não será problema, graças a Deus.
Mas, se foi ela, ou quem quer que tenha sido, fará MUITO uso dessa bóia.
Tanto, que chegará um tempo em que não vai adiantar colocar mais, pois a ferida será igual ou pior do que a de papys.
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