terça-feira, 14 de abril de 2009

M. disse que, quando teve o filho, não sabia nada de nada.
Era sozinha de tudo, não tinha ninguém e já era louca, pois já tinha a bola de sangue na cabeça. Daí:

- meteu o pé na porta da sala do médico, porque tava com dor e ele não vinha atender;


- botaram ela numa sala porque ainda não tinha dilatação suficiente;


- bateu nas enfermeiras que tentaram colocá-la no soro;


- o médico voltou pra fazer o parto, ela o xingou pela demora, ele a mandou calar a boca, as enfermeiras reclamaram do comportamento dela e ele jurou que ia costurá-la pra nunca mais entrar nada por ali, assim não teria outro filho. Daí, a mandou se posicionar, pra ele fazer o parto. Ela entendeu que era pra ficar de quatro;

- ele disse pra ela que era posição pra ter filho e não pra fazer outro;

- ele teve que subir em cima dela, pra empurrar a criOnça. Ela achou que ele ia abusar dela e agarrou nos cabelos dele. Maior gritaria na sala de parto;

- aí, o menino nasceu. E o médico mandou tirar a praga daquela mulher louca dali;

- o hospital inteiro foi na enfermaria, conhecer a louca que acordou o hospital, às duas da manhã;

- já em casa, quando foi dar banho no menino, o umbigo caiu. E ela não sabia que caía, porque ninguém explicou. Quando viu aquele pedaço de carne na mão, saiu gritando (largou o menino na banheira, por pouco o coitadinho não se afogou) na rua: o pinto do meu filho caiu! o pinto do meu filho caiu! Até que uma vizinha foi acudir e explicou pra pobre que aquilo era o umbigo e que não se deixa criancinha na banheira.

Ela é o Anticristo.
Te falo.

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