sábado, 13 de setembro de 2008

Uma Canção de Amor Para Bobby Long



Nunca senti interesse em assistir esse filme. E não tinha motivo pra isso, porque gosto do John Travolta e da Scarlett Johansson.
Até hoje.
Não sei se foi o tempo chuvoso e preguiçoso ou até mesmo o meu estado de espírito. Sentada na cama, cortando pedacinhos de juta e, vez ou outra, fazendo um chamego na Jully, assisti Uma Canção de Amor Para Bobby Long.

Tudo se passa em Nova Orleans, onde os bares e os lugares bucólicos servem de cenário para a história de Bobby Long, um brilhante ex-professor de literatura inglesa, que largou a família e se refugiou na cidade, junto com o amigo Lawson. Leitor voraz e um romântico incurável, Bobby vive na eterna fantasia das histórias que lê. Talvez por serem, normalmente, mais interessantes do que o mundo real, talvez para esquecer seus medos, angústias e frustrações, Bobby se refugia nos livros e se afoga na bebida.
E então, Purslane, filha da amiga Lorraine, surge, após a morte da mãe e passa a morar com os dois. A convivência que, no começo parece ser impossível, acaba impulsionando-os: eles, os intelectuais decadentes a incentivam e a ajudam nos estudos e ela, a garçonete, tenta fazê-los largarem a bebida.
Mas, o grande personagem mesmo é Bobby que, apesar de se mostrar durão, amargo e até agressivo, no fundo é frágil como todos. Tão frágil que se torna, extremamente, cativante.
Impossível não chorar junto com ele, que sentado no chão do banheiro, confessa o medo de morrer sozinho.

Um filme que fala de desilusão, fracasso, amargura, mas que fala também de amizade, esperança e amor.
Tocante e bonito.
Muito bonito.
Entrou para minha lista dos filmes favoritos.


Um comentário:

Marília L. disse...

"Impossível não chorar junto com ele, que sentado no chão do banheiro, confessa o medo de morrer sozinho."

ler esta frase ouvindo jeff buckley não é muito aconselhável, principalmente sendo a música mojo pin.

nunca vi este filme, mas fiquei muito curiosa.