quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Super, hiper, ultra, mega chateada hoje.
Peguei um táxi pra ir ao médico, porque eu não sabia direito onde era e tou meio em pânico de andar sozinha por aí. Medo dessa violência, sabe?
Daí, liguei no ponto de táxi dos meus véinhos fofos (conheço todos eles) e veio um cara novo, me pegar que, por sinal não gostei dele, acheio ele meio mano demais pro meu gosto, mas enfim... Bom, daí ele disse que ficou no lugar de um senhor que operou o coração e tals e conversa vai, conversa vem, perguntei de um senhor que ficava no ponto até tarde e daí ele me disse que, no final do ano passado, mataram ele. Um cretino de um professor de educação física, que graças a Deus foi pro saco (um traste a menos no mundo) parou o táxi e resolveu assaltar o coitado do homem e mandou ele ir pra umas bocadas.
Daí, passaram por um comando e o motorista fez sinal pra polícia. Os lerdos foram atrás com a sirene ligada. E então, o maledeto atirou no senhor, tadinho. Saiu do carro trocando tiros com a polícia e foi atingido. Morreu no hospital e o motorista do táxi ainda ficou sofrendo por uma semana, mas não resistiu.

Coitado.
Saiu pra trabalhar e por causa de um traste, não voltou.
Fiquei pensando: quantas vezes por dia isso acontece? Como chegamos nesse ponto?
Não é à toa que ando com tanto medo.

Sabe, antes eu achava que o mundo ia acabar com alguma explosão nuclear, ou o sol ia explodir ou então, seríamos todos engolidos pela água e pelo frio.
Hoje, já penso diferente. Acho que o fim do mundo não vai ser de uma hora pra outra; na verdade, acho que é um processo que já começou. Não haverão pragas, explosões, dilúvios, nada disso. O ser humano vai se acabar sozinho, um vai destruir o outro, até que não reste mais ninguém.
Sempre acreditei que as pessoas são mais boas do que más, hoje já não tenho mais essa certeza. Acho que, atualmente, a maioria não tem mais vergonha de mostrar seu lado ruim, aliás parece que até se orgulham dele.

E isso me deixa, infinitamente, triste.
:o(

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