Momento Luiza Mel

Ontem, depois de ver umas fotos de dois meninos que salvaram um cãozinho, procurei na internet umas intituições, onde eu pudesse fazer trabalho voluntário com animais abandonados.

Na hora do almoço, comentei no refeitório, com uma das meninas, que também adora bichos. Ela achou legal e tals, até se interessou, pediu para avisá-la, caso conseguisse, pois está a fim de fazer algo do tipo. Eu disse que me sinto mal em ver cachorros abandonados, que tenho vontade de pegar e levar pra casa, mas que não dá, infelizmente, pra fazer isso.


Foi então que uma outra, que por sinal é evangélica, me perguntou se eu tenho a mesma dó de mendigos e crianças abandonadas. Respondi que sim, mas que realmente, não sinto a menor vontade de levá-los pra casa. Ela replicou dizendo que acha um absurdo alguém fazer trabalho voluntário com animais, quando tem milhares de pessoas que precisam de ajuda.


Perguntei pra ela se os animais não são criaturas de Deus e disse que, felizmente, tem quem ajude crianças abandonadas, tem quem ajude os idosos, doentes, quem cuide do meio ambiente e quem ajude animais abandonados. Disse ainda que o que vale é o seu sentimento, que você tem que ajudar a quem te tocar mais, não importa quem ou o que seja. E que o importante, realmente, é fazer alguma coisa, pois ficar de braços cruzados rezando e criticando, não enche barriga de ninguém.


Eu ia falar de São Francisco pra ela, mas depois lembrei que ela não acredita em santo. É uma pena, porque assim talvez tivesse consciência de que nossa vida, dos humanos, não é mais preciosa, mais importante, do que a dos animais. Somos todos iguais perante o Criador.


Ou será que não?





Decididamente, não consigo confiar/gostar/ acreditar em alguém que não goste de animais.


Jujuzin depois da operação