Eles ficaram comigo durante seis dias. Os dois.
Ele e seu cachorro.
E mesmo quando não estávamos juntos, eles não saíam da minha cabeça. Bem, ainda não saíram.
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[Quem é essa mulher chorando? O quê? O filho dela morreu?
Esse chorando deve ser o marido... e esse cara vestido de palhaço, quem é? O quê ele tá falando? De ajudar as pessoas? Então, deve ser o Ed. Mas, não me lembro se ele se vestia de palhaço no livro...]
É... eu sou assim.
Sempre que termino um livro muito bom, sonho com seus personagens. E sinto falta deles. Na verdade, eu estava sonhando e acordei com a TV ligada na Cultura, bem na hora em que aparecia essa mulher chorando por causa do filho. Quando apareceu o rapaz vestido de palhaço, pensei: É ele! O Ed! O Ed!
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Tou falando de Ed Kennedy e de seu cachorro, Porteiro. Ambos, personagens criados por Markus Zusak, no livro Eu Sou o Mensageiro.
Ed é um loser; 19 anos, sem objetivo nenhum, motorista de táxi, cercado de amigos fracassados, como ele. Seu pai era um bebum e sua mãe, uma velha amarga e ranzinza que só o coloca mais pra baixo ainda.
Mas, um dia, Ed impede que um assalto a banco aconteça. E é então que sua aventura começa. Ele começa a receber cartas de baralho, cada uma com missões a serem realizadas. Umas fáceis, outras nem tanto. Ele levará alegria, sorriso, esperança, autoconfiança e até mesmo dor a quem precisar.
Na sua jornada, Ed nos mostra (e aprende) que, muitas vezes, pequenos gestos são capazes de arrancar sorrisos, como pequenos gestos podem salvar alguém, como nos aproximam. E é então que ele percebe seu potencial, seu real valor no mundo e que todos podem superar seus limites.
Terminei o livro na sexta-feira e, podem me chamar de demente, mas sinto falta do Ed e do Porteiro.
Mas, eu supero.
Agora, preciso arrumar outro livro tão bom quanto esse. ^^
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